Colaboração...
“Colaboração é a ação e ou efeito de colaborar. Este verbo
refere-se a trabalhar/ cooperar em
conjunto com outra(s) pessoa(s) para realizar um trabalho, uma obra ou um projeto.”
O fato é que, seja a imagem mental associada à colaboração,
física, de grupo, sentados ou agrupados de forma cooperativa em um mesmo espaço;
seja, muito mais relacionada a virtualidade, às redes, à conectividade ou a intensa
comunicação, mesmo que à distância; colaborar é a chave para a solução de muitos
e muitos problemas...
No meu
caso, a minha capacidade de mobilização nunca me surpreendeu. Em geral,
surpreende, positivamente, aos meus pares.
Esta
semana pude comprovar, empiricamente, mais uma vez, minhas teorias sobre a
colaboração, e, novamente, me encantei com a nossa capacidade de, em conjunto –
colaborativamente – conquistar muito mais resultados do que conseguiríamos se
estivéssemos sozinhos.
Na quarta-feira
tive o prazer de tomar um café com minha eterna coach, a Psicóloga e Coach de Carreiras
Mônica Böhme.
Nos conhecemos em 2006, quando contratei um serviço de gestão de conflitos
organizacionais para o Instrodi e, posteriormente, para realizar minha transição
de carreira pois havia identificado o meu limite na atividade gerencial
executiva de ONG’s de médio porte.
Fizemos
um processo de 10 sessões e nelas aprendi muito sobre meu perfil profissional, habilidades
e competências, mas, especialmente, foi lá que identifiquei minha vocação para a
docência, onde me encontro até agora.
O fato
é que o nosso café foi rodeado de afeto e carinho.
Ela,
como uma boa coach, se atualizou sobre minha saúde, feitos recentes e
esperanças futuras.
Acresceu
ao meu momento pessoal sugestões de terapias de autoconhecimento e complementos
energéticos, todos já encaminhados...
Colaborou
com o projeto do canal do YouTube com a indicação de uma entrevistada fantástica
e que agregará muito a partir de sua vivência. Gravação já agendada...
Contribuiu,
sobretudo, à minha energia, fazendo com que me sentisse renovada e cheia de
gratidão por ainda ter, mesmo após tanto tempo, conexão com figuras, como ela,
geradoras de tantos resultados e contribuições, que só enchem de luz o ser.
Pessoas
como a Mônica são preciosidades neste mundo.
São
para onde precisamos evoluir.
São
pessoas onde enxergamos as incomuns qualidades: colaboração, cooperação e
contribuição se efetivarem em ações concretas, mas mantendo a leveza e a beleza
da etimologia das próprias palavras.
Muito
obrigada Mônica por me recordar tão bem da factibilidade destas atitudes.
Pois,
como ela mesmo disse, “Quando estamos
doentes algo não está funcionando bem... como flauta desafinada”.
É
natural recebemos apoio de uma imensa gama de pessoas, nos permitimos a isto,
ou mesmo não.
Falo
isto pois, algumas pessoas fazem o uso dos ‘apoios’ mais do que outras. Algumas
realmente recorrem ao coletivo para minimizar as deficiências ou limitações que
a doença trouxe para a sua existência.
Por
exemplo, todos os que doam sangue estão colaborando, mesmo que a distância, com
a qualidade de vida e o bem-estar de quem está precisando daquele sangue.
Quando
pessoas doam cabelos, lenços ou perucas, estão colaborando com o bem-estar de
pacientes em quimioterapia que tiveram a queda de cabelos como efeito colateral
de seu tratamento.
Estas
ações são, em maior ou menor grau, atos de colaboração. Ato que tem, por princípio,
o esforço conjunto visando o resultado benéfico para o próximo, mas que, em última
instância beneficia todos os atores do ato da colaboração.
“Ponderando tudo isso, respeitemos a dor,
mas plantemos a alegria e a esperança, onde nossa influência chegar.
Falemos de otimismo, cultivemos o serviço,
ensinemos a confiança e exercitemos serenidade.
Ninguém espera sejamos remédio a toda
angústia e rio a toda sede, entretanto, à frente da sombra e da secura que
atormentam os homens, cada um de nós pode ser a consolação do raio de luz e a
benção do copo d’água”.
(Chico Xavier - Livro da Esperança, 2012, p.
95)
Meus atos
nos últimos anos, pós-diagnóstico, têm sido no sentido da busca de colaborar intensamente
com o próximo e, do próximo tenho recebido idêntico ou maior retorno.
Não há
mais nada que faça sozinha.
Todas
minhas ações são resultado de atos de colaboração, desde o nível mental até o
mais concreto e palpável.
Fico
feliz em me dar conta e reconhecer isso.
Não é
o simples fato de agradecer ou estar grato.
É mais
como um novo princípio de vida e conduta. Princípio este, que estou apreciando e
muito.
Se,
por um lado, reconheço e me exijo constantemente dar créditos a uma grande
quantidade de pessoas que colaboram comigo diariamente, por outro, o benefício
da interação e da sensação de rede de suporte confere uma segurança sem
precedentes.
A
sensação de segurança e de proteção que emana de uma rede de apoio colaborativo
é de tal magnitude que reconhecer seus benefícios é o mínimo que pode ser
feito.
Por
exemplo, o projeto “Descobriu que está
com câncer e agora?” do meu canal do YouTube é prova deste processo
colaborativo.
Filmagem
por LuValente que não só filma, como se envolve emocionalmente com as filmagens
e diz que o projeto está lhe fazendo repensar muitas coisas na sua própria vida.
Os entrevistados, todos voluntários de coração, totalmente abertos e dispostos
a compartilhar suas percepções e experiências, sem filtros, visando única e
exclusivamente ajudar o próximo, facilitando o processo de alguém.
E,
como não poderia ser diferente, assim é a entrevistada desta semana, que representa
todas as minhas amigas e a rede de proteção que se dá no meu micro espaço.
A advogada
Bárbara Carpes, mãe de três filhos, de São Borja, filha e irmã de médicos, nos
conta na entrevista desta semana qual o papel dos amigos no processo de
tratamento de pacientes com câncer, entrando dentro do tema através de nossa
própria experiência pessoal.
A Bárbara,
assim como a Mônica e a LuValente são só exemplos, que trago nessa semana, de
que como colaborando tudo pode/deve/é mais fácil. De que como, sim, podemos
facilitar o processo de alguém; que não, não precisa muito preparo ou muita
elaboração quando a colaboração é o objetivo; que sim, o resultado, neste caso,
é bem maior do que as partes isoladas; que o resultado, de fato, são seres humanos
melhores.
Então,
não há por que não colaborar...
Bom final
de semana
Link
para a Entrevista com Bárbara Carpes – O papel das amizades no processo de
tratamento de pacientes com câncer.
Janaína
Carneiro
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